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Galerias internacionais expuseram as suas coleções na Fábrica Nacional de
Cordoaria, em Lisboa. Em modo coletivo as obras de arte ficaram dispostas aos
olhos de quem quer ver ou quem quer comprar.
A Feira de Arte contemporânea denominada de
Arco é veterana no ciclo cultural de Madrid de forma anual, este ano
inovou ultrapassando fronteiras escolhendo Lisboa para expandir o seu mercado.
É nestes termos que o público Lisboeta assistiu a uma tentativa de tornar esta
feira num evento semelhante aos que a cidade tem assistido em outras áreas como
o cinema e a gastronomia.
A feira era composta por diversos espaços
numa unidade só, a partir de um eixo central, possibilitando uma continuidade
de leituras mesmo entre as diversas galerias. Não sendo um espaço muito grande,
o seu tratamento rústico trouxe alguma originalidade aos tradicionais espaços
de feira ou museológicos que habitualmente se caracterizam por espaços inócuos
e trabalhados para expor.
A ArcoLisboa
contou com a presença de galerias portuguesas como a Carlos Carvalho – Arte contemporânea,
3+1 Arte Contemporânea, Filomena Soares, Vera Cortês-Art Agency que trouxeram
artistas como Pedro Calapez, Eduardo Batarda, João Jacinto, Manuela Marques,
etc.
É de notar a presença que a fotografia
ganha neste espaço coletivo dando-lhe importância à semelhança de exposições
internacionais como a Art Basel.
Aos olhos de quem viu a exposição
sublinhou-se a dificuldade de definição do que é contemporâneo nos dias de
hoje. Uma instalação com materiais reciclados, uma pintura nos extremos do minimalismo
ou uma fotografia dita “inspirada” cabem dentro desta permanente procura.